A Herdeira, o quarto livro da trilogia que virou uma
série A Seleção, da escritora americana Kiara Cass. Os livros se tornaram best
sellers em todos os países e uma febre de "Não sou sua querida!" se
espalhou pelo mundo e dominou corações de todas as idades.
Tenho
que confessar que fiquei com o pé muito atrás para ler A Herdeira, pois na
minha visão sem ela ter separado este livro os outros, mesmo que ele siga a
mesma linha, é com uma personagem principal diferente e isso causaria um
estranhamento enorme, já que durante três livros estávamos acostumados com a
America Singer contando a história do seu jeito orgulhoso e com jeito de garota
humilde. E acho que foi esse o motivo de tanta gente não ter gostado do livro
nem da Eadlyn, foi essa confusão com a troca sem haver uma separação.
Mas
tenho que admitir que esta é minha única crítica ao livro, porque no mais Kiara
não peca uma vez, dá para notar o quanto tentou se arriscar mais neste livro.
Eu, simplesmente, amei a Eadlyn e defenderei ela para sempre e, tenho que ser
sincera, para mim quem não gostou da Eady não entendeu absolutamente nada ou
ainda não aceitou o fato de ser outra pessoa em outro estilo narrando. A Eady é
perfeita e não admitirei ninguém falando mal dela na minha presença (hahahha).
Não
quero relatar muito as partes do livro, pois sei que muitos que ainda não leram
o livro e não serei eu a má a dar spoilers e ser a odiada. Quero falar sobre as
minhas percepções em relação a este livro que entrou na minha lista de
favoritos (e olha que não tem muitos livros, pois sou chata kkk).
Depois
de quase 20 anos Iléia está entrando em crise de novo e Eadlyn, a gêmea mais
velha, está quase assumindo o trono, porém Maxon não quer deixar o trono com o
caos que está se formando e para tentar resolver a situação ele sugere que
Eadlyn faça uma Seleção para distrair o povo.
Eady
é contraria desde o primeiro segundo e quando sente que não haverá mais volta
ela tenta pensar em tudo para afastar os rapazes e faze-los desistir.
Com
o desenrolar do tempo ela acaba aceitando aquilo e entra no jogo, entra tanto
que no final ela percebe que já está envolvida com todos aqueles rapazes coisa
que nunca passou pela cabeça dela nos 32 capítulos do livro, é apenas no ultimo
que ela entende a real situação.
Dito
isto, parto para falar dos sentimentos confusos de Eady. Ela é preparada para
ser a primeira rainha mulher da história de Iléia, ela não pode falhar, ela tem
que ser a melhor, ela tem que ser durona, mas também tem que ser feminina.
Alguém aqui consegue imaginar um terço da pressão que ela sofre de todos os
lados? Da expectativa que está sobre ela? E por isso eu digo (novamente) não
gostou dela quem não entendeu isso.
Para mim
o foco do livro foi basicamente a problemática da mulher moderna na nossa
sociedade, com isso eu afirmo que foi o primeiro romance que li e vi
além, vi onde escritor quis chegar e o que ele quis dizer, vi com clareza
a critica social abordada pelo autor. No livro está super-ultra-mega claro que
Kiera quis nos cutucar, os sentimentos e certezas duvidosas da Eady são os
mesmos das garotas da idade no mundo real, concentração total na carreira ou no
amor, se eu escolher o segundo vou parecer fraca então não posso ceder. Eady
tem que lidar com tudo isso, então só peço que peguem leve ao criticá-la,
tentem se por no lugar dela, tenham empatia.
Talvez
por me ler na metade das duvidas da Eadlyn que eu tenha gostado tanto dela. O
mais bonito de tudo é ver o quanto ela cresce em tão pouco tempo, o quanto ela
amadurece com os próprios sentimentos e duvidas (apesar de que eu queria que
ela continuasse assim desse jeitinho hehe).
Ouvi
também muitas críticas em relação ao jeito arrogante, metido e mimado da Eady ,
não vou negá-lo, mas ela não sofreu como o Maxon sofreu com o pai e nem sentiu
as necessidades da America. Ela cresceu em um palácio, não viu nada quase nada
além dos muros, não sabe de tudo pois escondem coisas dela. Eady cresceu com um
único pensamento: se tornar a próxima Rainha de Iléia.
Apenas
sei que o livro me surpreendeu a cada pagina virada. Eu esperava nada e Kiara
Cass me deu tudo, o livro está na minha estante de favoritos lá no Skoob.
Amei esse lado feminista que a Kiara demonstrou e agora ela ganhou meu coração
com tudo e todas as forças.
Saindo
dessa parte, entro na parte que trata de politica na distopia. Temos que
assumir tem pouca coisa, mas mais do que há em A Escolha, porém é um livro introdutório
para esta nova fase em Iléia, são novas revoltas, novos descontentamentos,
novas criticas ao sistema. O descontentamento é tanto que uma distração como A
Seleção não está fazendo efeito no povo, pelo contrario está fazendo com o que
o povo não goste da futura Rainha.
E por
último, o que mais me dói, é que independente da intenção da Eadlyn, nada dá
certo, tudo acaba em furada e eu sinto muita pena dela por isso. Ela quer fazer
mal, se mau; ela quer fazer por bem, se mau também, isso só a deixa mais
confusa e frustrada. Mas estou certa de que ela surpreenderá muito todos nós e
estou ansiosa para isso.
Você já
leu? Deixa um comentário com o que achou. Ainda não leu? Comenta achando como
será a experiência de ler A Herdeira.
Beijos
amados! Até a próxima!! :D ;*
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