20 maio 2015

Resenha: A Herdeira *-*

A Herdeira, o quarto livro da trilogia que virou uma série A Seleção, da escritora americana Kiara Cass. Os livros se tornaram best sellers em todos os países e uma febre de "Não sou sua querida!" se espalhou pelo mundo e dominou corações de todas as idades.


Tenho que confessar que fiquei com o pé muito atrás para ler A Herdeira, pois na minha visão sem ela ter separado este livro os outros, mesmo que ele siga a mesma linha, é com uma personagem principal diferente e isso causaria um estranhamento enorme, já que durante três livros estávamos acostumados com a America Singer contando a história do seu jeito orgulhoso e com jeito de garota humilde. E acho que foi esse o motivo de tanta gente não ter gostado do livro nem da Eadlyn, foi essa confusão com a troca sem haver uma separação.

Mas tenho que admitir que esta é minha única crítica ao livro, porque no mais Kiara não peca uma vez, dá para notar o quanto tentou se arriscar mais neste livro. Eu, simplesmente, amei a Eadlyn e defenderei ela para sempre e, tenho que ser sincera, para mim quem não gostou da Eady não entendeu absolutamente nada ou ainda não aceitou o fato de ser outra pessoa em outro estilo narrando. A Eady é perfeita e não admitirei ninguém falando mal dela na minha presença (hahahha).

Não quero relatar muito as partes do livro, pois sei que muitos que ainda não leram o livro e não serei eu a má a dar spoilers e ser a odiada. Quero falar sobre as minhas percepções em relação a este livro que entrou na minha lista de favoritos (e olha que não tem muitos livros, pois sou chata kkk).

Depois de quase 20 anos Iléia está entrando em crise de novo e Eadlyn, a gêmea mais velha, está quase assumindo o trono, porém Maxon não quer deixar o trono com o caos que está se formando e para tentar resolver a situação ele sugere que Eadlyn faça uma Seleção para distrair o povo.
Eady é contraria desde o primeiro segundo e quando sente que não haverá mais volta ela tenta pensar em tudo para afastar os rapazes e faze-los desistir.
Com o desenrolar do tempo ela acaba aceitando aquilo e entra no jogo, entra tanto que no final ela percebe que já está envolvida com todos aqueles rapazes coisa que nunca passou pela cabeça dela nos 32 capítulos do livro, é apenas no ultimo que ela entende a real situação.

Dito isto, parto para falar dos sentimentos confusos de Eady. Ela é preparada para ser a primeira rainha mulher da história de Iléia, ela não pode falhar, ela tem que ser a melhor, ela tem que ser durona, mas também tem que ser feminina. Alguém aqui consegue imaginar um terço da pressão que ela sofre de todos os lados? Da expectativa que está sobre ela? E por isso eu digo (novamente) não gostou dela quem não entendeu isso.

Para mim o foco do livro foi basicamente a problemática da mulher moderna na nossa sociedade, com isso eu afirmo que foi o primeiro romance que li e vi  além, vi onde escritor quis chegar e o que ele quis dizer, vi com clareza a critica social abordada pelo autor. No livro está super-ultra-mega claro que Kiera quis nos cutucar, os sentimentos e certezas duvidosas da Eady são os mesmos das garotas da idade no mundo real, concentração total na carreira ou no amor, se eu escolher o segundo vou parecer fraca então não posso ceder. Eady tem que lidar com tudo isso, então só peço que peguem leve ao criticá-la, tentem se por no lugar dela, tenham empatia.

Talvez por me ler na metade das duvidas da Eadlyn que eu tenha gostado tanto dela. O mais bonito de tudo é ver o quanto ela cresce em tão pouco tempo, o quanto ela amadurece com os próprios sentimentos e duvidas (apesar de que eu queria que ela continuasse assim desse jeitinho hehe).

Ouvi também muitas críticas em relação ao jeito arrogante, metido e mimado da Eady , não vou negá-lo, mas ela não sofreu como o Maxon sofreu com o pai e nem sentiu as necessidades da America. Ela cresceu em um palácio, não viu nada quase nada além dos muros, não sabe de tudo pois escondem coisas dela. Eady cresceu com um único pensamento: se tornar a próxima Rainha de Iléia.

Apenas sei que o livro me surpreendeu a cada pagina virada. Eu esperava nada e Kiara Cass me deu tudo, o livro está na minha estante de favoritos lá no Skoob. Amei esse lado feminista que a Kiara demonstrou e agora ela ganhou meu coração com tudo e todas as forças.

Saindo dessa  parte, entro na parte que trata de politica na distopia. Temos que assumir tem pouca coisa, mas mais do que há em A Escolha, porém é um livro introdutório para esta nova fase em Iléia, são novas revoltas, novos descontentamentos, novas criticas ao sistema. O descontentamento é tanto que uma distração como A Seleção não está fazendo efeito no povo, pelo contrario está fazendo com o que o povo não goste da futura Rainha.

E por último, o que mais me dói, é que independente da intenção da Eadlyn, nada dá certo, tudo acaba em furada e eu sinto muita pena dela por isso. Ela quer fazer mal, se mau; ela quer  fazer por bem, se mau também, isso só a deixa mais confusa e frustrada. Mas estou certa de que ela surpreenderá muito todos nós e estou ansiosa para isso.

Você já leu? Deixa um comentário com o que achou. Ainda não leu? Comenta achando como será a experiência de ler A Herdeira.


Beijos amados! Até a próxima!! :D ;*







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário. ;D