29 março 2015

Entrevista com a escritora Amanda Costa

Conseguimos uma entrevista com a escritora Amanda Costa, que foi uma super fofa e respondeu a todas a perguntas com imensa atenção. A escritora relata um pouco dela, conta sobre o seu livro (que em breve será lançado) e sobre a trajetória que percorreu para escrevê-lo.
Leia e conheça um pouco mais sobre a autora e seu livro A Escolhida.




1) Como você adquiriu gosto pelo universo  literário?
Desde a infância, o hábito de leitura sempre foi muito forte e presente na minha vida. Ainda recordo de ir até a biblioteca do município, e voltar pra casa com uma pilha de livros. Com o passar dos anos, a leitura tomou conta dos meus dias por completo. Acho que todos nós, na adolescência, já nos sentimos excluídos e menosprezados. Ao menos uma vez, penso que todos passaram por algo semelhante. Então, os livros foram meus melhores amigos nessa época. E são até hoje.

2) O que te incentivou a escrever e quando começou?
Amanda Costa, a escritora diva desta entrevista.
Escrever é libertador, mas também, é sufocante. É uma contradição tão agridoce, porque às vezes você quer colocar algo no papel, mas se sente retraída assim que faz isso. Ao mesmo tempo em que eu lia para me sentir menos desprezada por alguns, eu queria expor os meus próprios sentimentos para que eles soubessem como eu me sentia. Eu comecei a escrever na adolescência, justamente por isso: pra descontar as minhas frustrações e aliviar minhas mágoas. Após um tempo, eu passei a montar as cenas fictícias que eu imaginava, e comecei a criar novas histórias. Sempre com características minhas, mas com personagens bem diversificados. Acho que todo autor sempre carrega um pouco de si pras suas obras, e é bem nítido o quanto eu apareço nas palavras, nas atitudes, e em certas características; tanto da Ari, quanto do Luke, ou a Vincy. Atualmente, escrever pra mim é mais do que uma busca por alívio. É uma forma de deixar que meus sentimentos brotem nas páginas em branco, independente do que eles me tragam.

3) Há quanto tempo você escreve?
Não posso responder com exatidão, mas escrevo há mais ou menos uns seis anos. Este é o terceiro livro que começo a escrever, e o primeiro deles a ser finalizado e publicado.

4) Qual seu livro e autor(a) prediletos?
Essa é daquelas perguntas que a gente responde com dor no peito, porque citar só um livro e um autor favorito é uma tarefa quase impossível. De tudo o que eu já li, até hoje, muitas histórias me marcaram e muitas escritas me encantaram de uma forma inimaginável. Cada pessoa sente e interpreta de um jeito, isso é algo que não dá pra evitar. Mas, posso dizer (e sempre acabo citando) que “A Sombra do Vento”, do Carlos Ruiz Zafón é um dos meus livros prediletos. Foi uma das histórias que mais me envolveram, que me emocionaram, que fizeram o meu coração parar lá na boca, e tudo o que mais vocês puderem imaginar. Zafón tem essa capacidade de nos oferecer um misto de emoções tão forte, e ele é, sem dúvidas, um dos autores mais inesquecíveis da minha estante. Agora, para citar uma autora que nunca mencionei, mas que é sem dúvidas, uma das favoritas, falo da Colleen Hoover. A primeira obra que li de sua autoria, foi Métrica, e eu me apaixonei perdidamente pela forma que ela conduziu o romance e todos os seus dramas. Até hoje, li quatro livros da autora, e posso dizer que ela já entrou pra lista dos autores admiráveis e consequentemente, favoritos.


5) Você se inspirou em algum autor(a)? Se sim, qual?
Para escrever “A Escolhida”, muitos autores me inspiraram, bem como suas respectivas obras. Tudo o que lemos, vivenciamos e pensamos, são transportados para nossas histórias assim que colocamos as palavras no papel. Não posso dizer de forma específica quais seriam, porque não houve apenas um, mas posso afirmar que os livros do gênero fantástico (que falam sobre as criaturas sobrenaturais em geral), como Cassandra Clare, Lauren Kate, e Becca Fitzpatrick, me fizeram ver o que eu queria (e como iria abordar esses pontos), bem como as problemáticas que eu não queria que estivessem presentes na obra. Posso adiantar que a Ari é uma personagem bem diferente das protagonistas de boa parte dos YA.

6) Como surgiu a ideia do seu livro? Em que momento foi?
A ideia para escrever o livro foi algo muito esquisito, porque como em um clique, tudo disparou na minha cabeça. Eu sempre gostei muito de histórias com a temática fantástica, e em especial, sobre anjos e demônios. Acho que existe um toque de mistério muito forte em torno disso, e nada melhor do que um tema assim, pra criar um cenário arrebatador. Quando falamos sobre essas criaturas, muitos ainda têm preconceito e levam para o lado religioso, mas na verdade a ficção é maravilhosa, porque nos faz modificar e dar o nosso olhar (e quem sabe, acrescentar) a toda uma mitologia já discutida e ainda assim, tudo é igualmente incrível e novo. A mágica da literatura se trata justamente disso: sobre o quanto podemos pegar um tema antigo e colocar o nosso sentimento em cima, para torná-la uma história totalmente diferente.

7) Como foi o processo de criação do seu livro?
Foi um processo árduo e de muita dedicação, tanto na criação, quanto na divulgação e publicação, já que sou uma autora independente. Algumas pesquisas foram feitas, pois eu não pretendia deixar possíveis furos (por mais que, ao falar de fantasia tudo é possível). Eu queria que a história fosse consistente, que os personagens fossem realmente únicos, e que trouxessem um novo olhar pra temas que são discutidos diariamente: como o amor, o perdão, o bem e o mal, a amizade, a tristeza, as perdas. Pôr tantas emoções no meio de uma história como a de “A Escolhida” é algo controverso, já que a protagonista não se permite sentir. A contradição da Ari foi o ponto mais difícil pra mim, como autora, de ser descrito.

8) Sua família e amigos sabiam que você escrevia? Qual foi a reação deles quando souberam que você ia lançar um livro? 
Capa DIVA do livro da linda da Amanda.
Meus pais e minha irmã sempre souberam que eu escrevia em blogs, mas desconheciam sobre a existência do livro, até que eu comecei a publicá-lo em uma plataforma digital. Por mais engraçado que seja, eles não sabiam que eu iria publicar o livro em uma versão final. Nem eu sabia disso. Nunca tive a pretensão de torná-lo algo diferente do que era, quando eu postava gratuitamente na internet, e me surpreendi quando tomei essa decisão. O livro já passou por diversas revisões desde então, e está completamente diferente da primeira versão, se é que posso dizer assim. Optar por uma publicação do livro físico é algo realmente sério, e que exige um esforço que poucos conhecem. Eu estou amando essa etapa, de receber o carinho de pessoas que ainda não leram o livro, mas que já estão me apoiando sem conhecê-lo. Minha família não poderia estar mais feliz, e todos torcem muito para que a trilogia seja um grande sucesso. Eu torço, ainda mais, para que a história toque os corações de todos que a lerem. É o meu maior desejo, entre todos eles.

9) Você teve ajuda de alguém ou algum amigo revisor/conselheiro?
Se existe algo que preciso agradecer a cada dia, é justamente isso. A ajuda que tive e que ainda tenho diariamente. Minha revisora, Shirlei Ramos, é uma profissional que além das correções, me aconselha em cada detalhe da obra. Ela é incrível, em todos os sentidos. Tenho uma leitora beta, também, minha amiga Jessica Driely; que não poupa as críticas, bem como os elogios. As duas fizeram grande diferença em “A Escolhida”, e devo muito de tudo isso às duas.

10) Quais são os planos para o futuro? 
O futuro é tão imprevisível e instável, que pensar nele é até meio caótico. Eu planejo tantas coisas, quero pôr em prática tantos desejos. O mais próximo deles, é o de terminar a trilogia até o final de 2015 ou início de 2016. Poucos sabem, mas além dos três volumes, haverá um POV do Luke (que contará como surgiu o círculo, como foi a infância dele, e tantos outros fatos esclarecedores). Esse é o primeiro desejo para o futuro como escritora, e espero que os três livros restantes sejam também publicados em formato físico. Após a finalização da trilogia, eu quero começar a escrever uma ideia que já está fervilhando na minha cabeça há algum tempo. O trabalho não para, e há muitas histórias pra serem escritas.

11) Fale sobre o livro e seus sentimentos em relação a ele.
Quase choro ao pensar nisso, porque antes de tudo, vocês já devem saber que: eu sou extremamente sensível. Eu choro até com mensagens que recebo de leitores, quando dizem que se interessaram pela história. Isso é tudo tão incrível, que parece um sonho. Falar sobre “A Escolhida” é lindo, perturbador, amargo, doce, e quase tão contraditório quanto a Ari. Escrever sobre o amor é algo que me fascina, e que ao mesmo tempo, me dilacera. Vocês podem perceber que também sou contraditória, como a protagonista, e aí está uma das minhas características presentes na obra. Penso que ninguém pode mudar outra pessoa, mas tenho certeza que, nós podemos mudar se acharmos que merecemos essa mudança. A Ari diz, em uma das passagens do livro, que nós somos os vilões das histórias que criamos. Agora, eu como autora, afirmo que podemos também ser os heróis delas. Torço para que muitos embarquem nessa viagem, e que percebam isso, juntamente com todos os personagens.

12) Espaço livre.
Em primeiro lugar, agradeço à Bianka por esse espaço tão incrível. Eu adoro esse contato com os leitores, e poder compartilhar um pouco sobre a obra e ao meu respeito, é uma delícia! Sempre fico explodindo de tanta felicidade quando recebo um convite para ser entrevistada. Então, obrigada! Espero que todos os leitores do blog e do Instagram se interessem pela história, e se permitam sentir (não vamos ser como a Ari, não é?) cada emoção que ela aborda.  A pré-venda será iniciada até o final do mês de Outubro, e torço para que você (você, mesmo!) se torne um novo “escolhido”, como alguns leitores queridos fizeram questão de intitular o fandom. O livro está presente no Skoob, e adoro quando ele aparece em novas estantes, então, sintam-se à vontade para adicioná-lo lá; bem como, curtirem a página oficial do Facebook. Todas as informações a respeito da trilogia são postadas por lá, além de trechos do livro e outras novidades. Que em breve venham muitas delas, e que possamos nos conhecer algum dia! Já pensou que legal isso seria? Sonhar não custa nada... nunca custa. Que vocês sonhem muito, mas que também, tenham a iniciativa de fazer parte desses sonhos se tornarem realidade.  Com um pouco de persistência, eles são tão possíveis quanto qualquer outro. 


Viram? A Amanda foi uma fofa, não foi? Estou ansiosa para ler o livro e já me sinto uma "escolhida". Se gostou aqui segue os links para encontrar maias informações sobre o livro.



Amanda muito obrigada (pela trilionésima vez hehe) e saiba que acompanharemos de perto todos os seus passos de escritora.



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